Elisa Ferreira: "o dinheiro é do Estado, é do PS".

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Elisa Ferreira: "Sinceramente eu quero vir para o Porto"

2009-05-09

HERMANA CRUZ

Elisa Ferreira diz que tudo fará para que o Porto seja uma cidade onde as pessoas se sintam bem. Apela a uma grande mobilização em torno da sua candidatura. E promete que só vai ao Parlamento Europeu "dar o nome".

A tarde, dedicada à visita a três centros de terceira idade da freguesia de Paranhos, no Porto, começou ontem no Viso, onde Elisa Ferreira foi recebida pelos utentes do espaço com uma salva de palmas. Sempre com um sorriso no rosto, a candidata do PS faz questão de cumprimentar todas as pessoas e mostra que é de fácil conversa, ao tocar em assuntos desde a troca de receitas de culinária, ao tricô e até a viagens.

Com o candidato socialista à Junta de Freguesia de Paranhos, o ex-autarca Alfredo Fontinha, a seu lado, Elisa Ferreira prossegue o programa discretamente, sem a presença do "aparelho" do partido ou de qualquer símbolo que o identifique. "Toda a gente tem de ter um espaço nesta cidade. Temos de ter uma câmara mais humana, mais voltada para as pessoas e uma cidade onde as pessoas se sintam bem", defende, para avisar os cerca de 30 utentes do centro de convívio do Grupo Desportivo do Viso que, em princípio, as eleições autárquicas são no dia 11 de Outubro. "Mas primeiro, a drª Elisa vai ao Parlamento Europeu", acrescenta, de imediato, Alfredo Fontinha. "Vou só dar o nome e volto", garante, instintivamente, Elisa Ferreira.

Já no Bairro de Campinas, a candidata independente pelas listas do PS à Câmara do Porto apresenta-se aos idosos. "Na Europa, estamos a fazer um trabalho bom. Se não fosse a nossa força, isto ainda tinha sido pior", afirma, para voltar a falar na condição de dupla candidata. "Sinceramente, eu quero vir para o Porto. Quero-vos pedir que me ajudem a conquistar a Câmara do Porto. O meu objectivo é sair de onde estou e trabalhar para a cidade", assegura.

Apesar de pouco antes ter referido que está "a tentar nem sequer fazer muitas críticas", Elisa não resiste mandar algumas indirectas a Rui Rio. "Pintaram os bairros, mas esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS", diz. Pouco depois, volta a atacar: "Não quero o poder. Já tive muito. Quero é criar uma cidade onde as minhas filhas e os vossos netos possam viver e não quero aqui conflitos permanentes, uma vez é futebol... outra é com Lisboa...". E termina: "Se deixarmos a cidade nas mãos daqueles que andam com os seus negócios ou poderzinhos, qualquer dia a cidade não tem ninguém".

Daí que por onde passe Elisa apela à mobilização em torno da sua candidatura. "Vocês que têm tantos filhos e netos, a vossa experiência, força e credibilidade é muito importante para mobilizar", sustentou, no Centro Social das Campinas.

Já no final da jornada, em Francos, foi mais directa, ao conversar com dois moradores: "Tem que votar em mim. Vota? E quantos leva consigo? É preciso uma grande mobilização".

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